O Movimento

Um dos pilares da democracia cristã é a rejeição ao materialismo, ao naturalismo e ao ateísmo. Essa tradição vê o materialismo como uma síntese dos erros que afastam a sociedade de suas raízes espirituais e podem desaguar em regimes totalitários. Por isso, os democratas‑cristãos historicamente criticaram tanto o liberalismo individualista quanto o comunismo ateu e defenderam uma sociedade em que a economia e a política estão a serviço da pessoa humana.

No coração da ideologia democrata‑cristã está o personalismo: a convicção de que cada pessoa possui uma dignidade única e inalienável, pois foi criada à imagem de Deus. Partidos e líderes democrata‑cristãos sempre ressaltaram que a dignidade humana é o fundamento de todo o programa político. Essa visão implica que a sociedade e o Estado existem para servir à pessoa, e não o contrário.

A partir dessa concepção, a democracia cristã defende os direitos humanos, a liberdade de consciência e a responsabilidade individual, bem como políticas que permitam a realização integral de cada ser humano.

Outros princípios centrais da democracia cristã são a solidariedade e a subsidiariedade. A solidariedade reconhece que somos responsáveis uns pelos outros e que o bem comum exige justiça social, combate à pobreza e promoção da coesão social. A subsidiariedade afirma que as decisões devem ser tomadas no nível mais próximo das pessoas afetadas, fortalecendo famílias, comunidades e organizações locais. O Estado só deve intervir quando essas instâncias não forem capazes de agir por conta própria.

A democracia cristã propõe uma economia social de mercado: um sistema que une a liberdade de iniciativa com mecanismos de regulação e proteção social. O objetivo é garantir que a economia promova prosperidade partilhada, dignidade no trabalho e oportunidades para todos, evitando tanto o laissez‑faire radical quanto o controle estatal absoluto.

Os democratas‑cristãos acreditam na democracia pluralista como melhor forma de organização política. Defendem eleições livres, separação entre Igreja e Estado, respeito às minorias e fortalecimento das instituições. Ao mesmo tempo, entendem que a democracia não é um fim em si mesma; ela é um meio para realizar os valores cristãos no mundo e deve ser continuamente aperfeiçoada.

A democracia cristã, portanto, não é um dogma fixo, mas um ideal histórico que busca traduzir princípios permanentes – dignidade humana, liberdade, justiça e solidariedade – em respostas adequadas às circunstâncias de cada época.

Ao abraçar esses valores, o Movimento Democrático Cristão pretende construir um Brasil mais justo, fraterno e próspero. Convidamos você a conhecer mais, debater e fazer parte dessa renovação.